Compositor: Manuel Quijano
Longe das ondas sem razão
Com a igenuidade de um canalha
Castigado sem dor
Longe de uns filhos que se reunem
de uns filhos que lhe beijam
que lhe cuidam e lhe esperam
perto de uma vida que lhe seca
Que lhe quebra a cabeça
E lhe deve a franqueza
Perto do relógio das tragédias
Do injusto de tua célula
Que te afoga e que te encerra
Que venha e me conte
o que possa contar-me
Porque a alguma gente
Logo lhes falei
A porta que esconde
A imagem do pai
Porque se abre?
Porque se detém o tempo
E se perde
Uma vida que sente
E que nnguém o entende
porque o homem sofre
Se ninguém o quer
Porque a vida
Com gosto fere?
Porque os dados da ciência
Com o tempo e com a sorte
Lhe recobrem a consciência
Que perdeu em um mês de março
E pode ser que lhe sirvam os braços
Que lhe ajudem as palavras
que lhe gostem os retratos
Com as caras de sesu santos
Que venha e me conte
o que possa contar-me
Porque a alguma gente
Logo lhes falei
A porta que esconde
A imagem do pai
Porque se abre?
Porque se detém o tempo
E se perde
Uma vida que sente
E que nnguém o entende
porque o homem sofre
Se ninguém o quer
Porque a vida
Com gosto fere?